Ásia
Camboja
Uma rápida visita ao Camboja
O tempo um pouco escasso, então programamos uma visita bastante rápida ao Camboja. Em verdade, fomos direto conhecer o principal atrativo do país: localizado na cidade de Siem Reap, o conjunto de templos da era Angkor nos parecia imperdível.
Porém, a alegria da visita ao país começou bem antes dos templos. O voo da empresa vietnamita novamente agradou muito. Na chegada ao aeroporto, dois tuc-tucs enviados pelo hotel, que não pode ser considerado como de luxo, nos aguardavam. Dos motoristas só recebemos sorrisos.
Na chegada ao hotel ficou claro que eles fariam tudo o que pudessem para nos agradar. O pessoal local parece realmente ter total noção da importância do turista no funcionamento da cidade.
Aproveitamos o bonito entardecer para nos apresentarmos para o templo. Fomos ao preferido para se ver o pôr-do-sol, Phnom Bakheng. A chegada surpreendeu pela organização. Para se ter uma idéia, eles tiram uma foto sua e imprimem na entrada. Quando nos aproximávamos da subida do templo, vimos nossos primeiros elefantes asiáticos. Totalmente diferentes dos africanos, esses elefantes de orelha pequena e olhar amistoso foram a grande atração nos primeiros minutos. Eles estavam, na verdade, a serviço. Subindo e descendo uma pequena trilha levando turistas em uma cadeira nas suas costas. Não pareceu muito legal, mas também não pareceu tão sofrido assim para eles.
As condições meteorológicas não ajudaram muito, então o pôr-do-sol não foi nenhum espetáculo. Porém, Phnom Bakheng deu pelo menos uma idéia de como essa região pode ser especial e como esse conjunto de templos ilustra a grandeza do antigo reino de Angkor.
À noite, mais tuc-tucs disponíveis para nos levar ao centro antigo para jantar. Aliás, que bom jantar! Novamente uma comida boa, bem regional e barata. Saímos extremamente satisfeitos. Na volta ao hotel encontramos os italianos Nicola e Antonio, que tínhamos conhecido no Vietnã. Eles, por coincidência, estavam no mesmo hotel que nós. Comemoramos o acaso e combinamos de jantar no dia seguinte.
Acordamos com o dia ainda escuro e fomos direto para o complexo de templos. A ideia era acompanhar o nascer do sol no templo Angkor Wat, um dos maiores prédios religiosos do mundo. Pegamos nossas merendeiras, feitas com capricho pelo pessoal do hotel, e seguimos na fria manhã novamente na companhia do nosso muito amigável piloto de tuc-tuc.
A entrada do Angkor Wat é majestosa. Um corredor pavimentado de cerca de duzentos metros te guia por entre um imenso portal até a primeira visualização da fachada. É um lugar realmente especial, e foi muito agradável aproveitar o nascer do dia fazendo uma espécie de piquenique e tirando fotos. Depois, foi o momento de caminhar pelo enorme templo, e aí as fotos ilustram melhor o que vimos.
De lá fomos ao templo Bayon, bem no centro do Angkor Thom. Bayon, do período budista do reino Angkor, fascina desde o início. Inúmeras esculturas do rosto de Buda povoam as paredes dos quatro cantos. Lá vimos os primeiros monges vestidos com a tradicional roupa laranja. Sorte da Du, que conseguiu algumas fotos bem interessantes dos monges em contraste com as ruínas. Sorte também dos monges, que conseguiram umas fotos com Alexandre. Foi realmente interessante quando três jovens monges pediram para Alex pousar junto com eles para uma foto via celular.
Reservamos para o final um dos melhores da festa. Ta Prohm foi, para mim, o templo mais impressionante. Árvores centenárias demonstram toda a força da natureza ao ramificarem suas imensas raízes por entre as não menos antigas ruínas do templo. Muitas das árvores são tão antigas que tiveram que ser totalmente escoradas. É algo realmente fantástico.
Voltamos para o hotel e para uma massagem. Eu, Du e Dani tínhamos agendado umas massagens locais por incríveis nove dólares por uma hora e meia de apertões. Foi uma massagem diferente, com muita força e muitos alongamentos. Eu adorei, mas o mais engraçado foi a Du contando como sofreu. Depois ainda teve o Alex imitando como a massagista deu golpes de jiu-jítsu na Dani! Ele se atirava a cama, imitando um “armlock” e a gente se jogava no chão de tanto rir.
Depois de recompostos fomos encontrar Nicola e Antonio na recepção e não tivemos dúvidas em sugerir o mesmo restaurante da noite anterior. Foi divertidíssimo e o tempo passou muito rápido. Nicola possui a característica de quase todo italiano de simplesmente falar sem parar, o que garantiu mais risadas para a noite. Despedimo-nos e combinamos de sair novamente no dia seguinte. Dia seguinte que para mim e para Du foi totalmente de descanso. Depois de andar por várias horas na véspera, reservamos esse dia para relaxar no hotel e aproveitar para trabalhar um pouco nos diários de bordo.
A noite seguinte foi novamente divertidíssima com nossos amigos italianos. Comemos uma “teórica” pizza italiana em um restaurante “teoricamente” italiano, tomamos umas cervejas e nos divertimos com os “doctor fishes” – um aquário repleto desses pequenos “limpa-fundos” funciona como um spa do pé. Basta pagar um qualquer, enfiar os pés e tentar não sentir cócegas quando todos vêm pra dar uma sugada na sua pele. Ninguém se habilitou a experimentar, mas colocamos as mãos para ter uma idéia. É hilário o nervoso que dá. Mas, como não achei que faria algum efeito real, não me pareceu atrativo ficar ali por quinze minutos sofrendo uma espécie de tortura chinesa.
Hora de ir embora. Nossa rápida visita ao Camboja foi de certa forma limitada, pois ficamos por pouco tempo e nossos passos restritos a uma única cidade. Mas continuávamos nos divertindo muito os quatro juntos.
O próximo destino era o Laos. Também teríamos pouco tempo, e também veríamos somente uma cidade. Mas estávamos cada vez mais animados com tudo isso.