América do Norte

México

México: boas estradas, belas paisagens e mais “policiais amigos”

Entramos no México um pouco receosos. Notícias de violência nas fronteiras e algumas outras opiniões de viajantes que encontramos pelo caminho nos deixaram, no mínimo, um pouco mais alertas. Porém posso adiantar que, como tem sido freqüente para nós, felizmente não passamos por (quase!) nenhuma situação ruim. A exceção ficou por conta, como sempre!, do nosso policial amigo! 


A travessia da fronteira com Belize foi muita tranqüila. Estava acontecendo um amistoso entre as seleções mexicana e italiana de futebol e, assim como no Brasil, televisões podiam ser vistas em todos os lugares. Faltavam poucos dias para o início da Copa do Mundo, então o clima era de festa do futebol. Nessas horas, brasileiro, no México, tem moral! Agradecimentos à seleção de setenta.  

Entramos e iniciamos a primeira jornada por estradas mexicanas. Estávamos psicologicamente preparados para penar no Pezão. Os diários de outras expedições que limos falavam de morosidade e milhões de quebra-molas. Misturando essa expectativa com as imensas distâncias desse país, parecia um filme de terror. Mas o nosso início foi fantástico! Uma estrada excelente nos levou rumo ao Norte, próximo ao litoral caribenho, até a cidade de Felipe Puerto Carrillo. No caminho, estradas planas e bem pavimentadas. Tínhamos a sensação de que a estrada iria piorar na curva seguinte, mas isso simplesmente não acontecia. Ótimo! Paramos em uma lagoa fantástica para almoçar e chegamos mais cedo do que o esperado 


Essa primeira cidade mexicana não nos reservou grandes novidades: vimos similares cidades, pequenas e simples, em outros países... Paramos somente para dormir e seguimos viagem. Se as estradas continuassem boas, chegaríamos bem cedo ao nosso primeiro objetivo: Tulum. E assim aconteceu. As estradas seguiram ajudando e fazendo a viagem render bem. O cenário era seco e pouco atrativo quando longe do litoral. Chegamos a Tulum logo após o almoço e tratamos de arrumar uma pousada. O calor era impressionante e o sol lembrava o do Atacama. Mas a praia valia cada centímetro rodado! Águas impressionantemente claras e areias brancas formavam a paisagem deste privilegiado litoral. Estávamos novamente com o pé na areia! 


No dia seguinte fomos conhecer uma das atrações do México: os Cenotes – cavernas inundadas por uma água incrivelmente parada e, por conseqüência, completamente transparente... Chegamos, em poucos minutos, ao Cenote Dos Ojos.Como era de se esperar, havia uma grande estrutura turística, com empresas oferecendo equipamentos para apnéia e mergulhos autônomos. Não hesitei em fazer um mergulho! Seria completa novidade para mim, já que nunca havia mergulhado em caverna. Nem mesmo em água doce eu já havia descido! A Du não pôde ir, pois os ouvidos não tinham resistido aos mergulhos em Belize e uma otite incomodava um bocado.  


Desembarcamos ao lado do Cenote com o pessoal da operadora de mergulho. A primeira visão é fantástica! Como é possível a água ser tão transparente?! Demos uma primeira curtida juntos e depois a Du foi fazer uma apnéia em outra abertura enquanto eu me preparava para iniciar o mergulho. 


Conforme explicado pelo instrutor, havia certas regras para esse mergulho: como não passar por abertura que não caibam, pelo menos, três mergulhadores ao mesmo tempo; seguir sempre uma linha amarela no fundo; e não se afastar mais de sessenta metros de uma abertura... Emocionante! Realmente mergulhar em uma caverna totalmente inundada seria uma experiência! Partimos pro mergulho e tudo foi caminhando muito tranquilamente. A escuridão é total, quebrada somente pelos fachos das nossas lanternas. Há pouca vida, mas, mesmo assim, impressiona a sobrevivência em lugar tão inóspito.  


Continuamos avançando no escuro e o mergulho começou a ficar bem emocionante. Galerias repletas de estalactites formavam um grande labirinto 


Certa hora, comecei a sentir a falta da linha amarela no fundo... Tudo bem, o guia parecia estar bem tranquilo. Continuamos. Iniciou-se então uma passagem muito apertada! Pensei: “não passam três mergulhadores por aqui nem a pancada!”. Mantive a calma, esqueci por alguns segundos o consumo de ar e respirei fundo. Paramos para tirar fotos, que estavam ficando horrorosas o suficiente para a máquina virar uma simples passageira, e continuamos em frente. Esse túnel, que cabia somente um mergulhador, demorou uns cinco minutos para ser atravessado. Fiquei aliviado pela Du não ter ido. Não teria sido uma boa experiência pra ela.  


Chegamos ao final, terminando tudo bem. Quando saímos, o figura mandou: “Estoy a tanto tiempo sin ir a este camino, que acabé pasando por lugares lejos de la ruta normal!”. Percebi! Para mim, foi uma experiência incrível! Curtimos a quente tarde na praia da pousada e partimos no dia seguinte. 


Nosso objetivo era circundar o Golfo do México tentando otimizar ao máximo a viagem, pois não tínhamos muito tempo. As distâncias até Miami, local de onde iríamos enviar o carro para a Europa, eram significativas. Mas foi aí que as estradas do México realmente ajudaram. Existia sempre a opção entre estradas com e sem pedágio. As estradas que tínhamos passado até então eram de mão dupla e sem acostamento, o que as tornavam razoavelmente estressantes. Já as com pedágio eram de pista dupla e com acostamento. Não tivemos dúvida de que valia a pena ir pelas pagas. A redução do consumo de Diesel, somado ao menor desgaste devido à diminuição do número de trocas marcha e menor uso do freio, certamente faz o resultado desta conta gerar economia. Isso tudo, unido ao intangível e irrefutável argumento de aumento na segurança, e a estratégia de seguir por estradas pagas estava decidida. 


Seguimos rodeando o Golfo e parando em cidades como Campeche, Palenque e Fortin de Las Flores. A exceção de Palenque, onde paramos um dia para dar uma pausa da estrada e conhecer uma piscina natural, no mesmo estilo da Semuc Champey, da Guatemala, a nossa rotina foi somente chegar, dormir e seguir viagem. Tínhamos uma cidade alvo, San Miguel de Allende, que prometia ser uma melhor atração. O calor era simplesmente insuportável, chegando ao quarenta graus na estrada, e a idéia de chegar aos dois mil metros de altitude em Allende era tentadora. 


De Fortin de Las Flores fizemos uma pernada menor, até Puebla. O centro histórico de Puebla era bem interessante, com uma arquitetura antiga e bem conservada. Como chegamos cedo, aproveitei pra correr atrás de trocar o óleo do Pezão. Deixei a Du no hotel e fui pra rua perguntando a todo mundo onde haveria um “cambio de aceite”. O problema é que automóveis a Diesel são muito raros, assim como os óleos para eles nas oficinas de troca. Passei em duas, sem sucesso, e apostei em uma última indicação, pois já eram quatro da tarde. 


No caminho, acabei avançando um sinal vermelho. Aconteceu quando estava em um cruzamento meio confuso, juntando duas ruas perpendiculares e uma diagonal. Uma luz verde acendeu e eu saí bem devagar, achando tudo normal. De repente, dei de cara com o trânsito no sentido oposto ao meu! Vagarosamente, fui passando e me desculpando. Todo mundo olhava o Pezão como se fosse um elefante branco a parar o trânsito. Quando estava quase passando, incólume, veio a zebra: o último veículo que encarei foi uma moto com um policial em cima! Não deu outra... Mandou-me parar. 


A figura redonda e fanfarrona estava bem montada, em uma Harley Davidson. Ele me parou em uma esquina menos movimentada e me pediu pra sair do carro. Começou o velho e bom papo sobre multa e apreensão da carteira de motorista. Durante todo esse papo, ele não levantou a viseira do capacete, o que fez com que eu conversasse com a minha própria imagem distorcida pelo espelhado da viseira. Ridículo! Parecia que eu estava falando com uma abelha gorducha, e eu não conseguia evitar em reparar no meu reflexo deformado, com um nariz enorme. 


Outra cena patética formou-se quando ele começou a falar no rádio com a “Central” em viva voz. Eu saía de perto, fingindo reparar no trânsito ou nos prédios, e ele vinha atrás de mim com a intenção que eu ouvisse a minha triste sentença ao vivo. Seria bom ter avisado para ele que eu não entendia nem uma única palavra daquele espanhol rápido e metálico falado pelo rádio, mas não tive a oportunidade. Passada meia hora, ainda estávamos naquela celeuma: ele dizendo que eu devia pagar a multa em espécie e eu alegando que não tinha um centavo. Estava determinado a não dar nada para ele. 


Ele me olhou e me chamou no canto. Percebi que era a ofensiva final. Se eu conseguisse passar por essa, sairia de bolso ileso: 

- “Mira... Yo sé que tú no tienes plata para la multa… Pero…  ¿E para lo amigo? ¿No tienes nada?” 

Quase ri! “Amigo”? Só podia estar de brincadeira... 

- “Acredite que yo no tengo nada… 

- ¿No traces regalos del Brasil?!” 

Cara-de-pau! Lembrei das camisas do Brasil que trouxemos, mas, já que eu tinha chegado até ali, não valia à pena gastar uma camisa. 

- “Infelizmente no. En verdad, tentamos traer regalos de los países que visitamos… para levar de recuerdo…  

- Ah!! ¿E tienes muchos recuerdos comprados?” 

Meu Deus! O cara vai pedir os artesanatos que compramos! E agora? 

- En verdad, no. Tenemos cosas pequeñas… Porque no hay espacio… Mi esposa, por ejemplo, compró una falda…  

Só faltava o figura pedir a saia que a Danusa comprou na Guatemala! Mas finalmente ele desistiu. 

- “Yo teré que hablar con mi chef… Veré se consigo liberarte…” 

Aí eu sabia que seria só encenação, pois eles nunca dão o braço a torcer. Ele ligou, ou fingiu ligar, pelo celular e me falou: 

- “Yo voy te liberar, pero teré que repreénderlo verbalmente…”


Ah! Sim! Uma repreensão verbal! Maneiro! Tudo bem... Vamos em frente. Mas ele acabou não falando mais nada, me devolveu os documentos e deu uma de bonzinho me ajudando com a direção do hotel. Olhei no relógio e tinham passados quarenta minutos! 


Fui na direção do hotel e, pelo caminho, passei na tal loja de troca de óleo. Eles fariam o serviço, mas, pelo adiantar da hora, não mais naquele dia. Ponto pro policial amigo! 


Cheguei meio pau da vida ao hotel, mas encontrei a Du com a notícia de que um cinema bem perto do hotel tinha um bom horário para vermos um filme que queríamos... Rapidamente relaxei e esqueci o episódio. 


No dia seguinte avançamos até San Miguel de Allende. O trajeto era extenso, mas contávamos com as boas estradas. Era a estréia do México na Copa do Mundo, e sentimos muitas saudades do Brasil vendo a expectativa dos mexicanos com o jogo. Ouvimos o empate pelo rádio e aproveitamos que todos estavam em frente à televisão para sair da cidade sem pegar engarrafamentos. 


Allende fica um pouco ao Norte de México City e, como sempre, queríamos desviar da capital. Rodamos bem rápidos até a entrada da imensa cidade, mas, por falta de sinalização, acabamos passando próximo o suficiente para pegarmos trânsito pesado. Ficamos a passos lentos por uma hora e logo depois a estrada voltou a andar, e assim chegamos a Allende ainda no meio da tarde. 


Já na entrada fomos perguntando sobre trocas de óleo, pois elas sempre são nas periferias das pequenas cidades. Achamos uma com excelente aspecto, e marquei de aparecer no dia seguinte pela manhã. Seguimos então em direção ao Centro. 


Chegando mais próximo, tivemos a primeira visão da espetacular catedral da cidade. Ela ficava bem no topo de uma colina, e sua visão à luz do fim da tarde era fantástica. Na primeira rua que entramos para iniciar a subida, vimos enfim a cidade: exatamente o que imaginávamos! Uma arquitetura colonial impecável, com inúmeros restaurantes, lojas de artesanatos e pequenos hotéis. Era do jeito que queríamos, e a Du já estava imaginando as fotos sensacionais que viriam nos próximos dias. 


Tivemos que ficar um pouco afastados desse centro, pois nessas pousadas não havia estacionamentos. Mas ficamos perto o suficiente para conseguir ir caminhando até a praça da catedral e curtir as ruas e restaurantes do lugar. Ficamos por três noites, aproveitando para descansar e nos preparar para os próximos dias de estrada. 


Saindo de Allende, direcionamo-nos para a última cidade, chamada Monterrey. Foi uma nova grande esticada, mas as estradas continuaram agradando. A surpresa ficou pelo cenário em volta: as cores características de desertos voltaram com força total, e novamente tivemos a oportunidade de apreciar um esplêndido céu, de nuvens escassas, em contraste com montanhas em tons de saibro. Pausas para fotos! 


Dormimos na impressionantemente quente Monterrey, uma cidade imensa e desenvolvida, e saímos no dia seguinte para a fronteira. O Brasil jogaria sua primeira partida da Copa à uma e meia da tarde, então queríamos rodar até a fronteira, passar por ambos os lados e assistir o jogo nos EUA.


Na saída da cidade, a sempre falha sinalização cumpriu seu papel de nos atrapalhar, e acabamos perdendo a saída para a estrada com pedágio. “Vamos pela normal mesmo”. Iniciamos o trajeto, que nos confirmou que realmente vale mais à pena ir pelos pedágios: um trânsito muito chato, com sinais por todos os lados, fazia a viagem arrastar-se. Ficamos lamentando um bocado a saída perdida. Mas o pior ainda estaria por vir! 


Caminhávamos na velocidade do trânsito quando passou por nós, na outra mão, um carro da polícia. Na hora que passou por nós, ligou a sirene a toda e fez um “cento e oitenta graus”, no meio dos carros, para nos alcançar. Não tivemos dúvidas que o carro era pilotado por um “policial amigo”. Que saco! Fomos parados. 


Depois de dar uma de camarada, tentando nos ajudar com a rota até a fronteira, ele começou: 

-“Estoy a molestarlos porque estaban arriba de la velocidad permitida…

-¡No es posible! ¡Estábamos atrás de un camión!

-¡No! Usted quedose atrás do camión después, cuando ya estábamos atrás de usted.

-¿Y como usted sabes que estábamos arriba de la velocidad?  

-Nosotros medimos.

-¿Cómo? ¿Puedo mirar el equipo de medición?

-¡Nosotros medimos pelo nuestro velocímetro!  

-¿Venindo pela otra mano?! ¿Cómo es posible?!

-¡Seguimos usted e miramos en nuestro velocímetro!

-¡Pero usted acabaste de hablar que estábamos atrás de un camión cuando usted nos seguían!

-¡Sí! ¡Pero usted estaban arriba de la velocidad antes!  

-¿Y como usted sabes, se estaba en la otra mano?!”


Ficamos nessa discussão ridícula por dez minutos. Estava claro que havia uma incoerência no que ele falava, pois eles não tinham como ter medido nossa velocidade. Mas também estava claro que ele não dava a mínima para isso e iria fazer de tudo para nos azucrinar, até conseguir algo. 


Continuamos no bate-boca até nos irritarmos. Peguei a máquina e tirei umas fotos da patrulha, o que enfureceu imensamente o pilantra. Enquanto isso a Du estava com um bloquinho pedindo o nome do outro picareta que continuava no carro. Nisso, a discussão ficou bem quente e o cara começou a mandar frases de efeito, como: “!Las cosas acá son deferentes!”; “!Teremos que volver cuarenta minutos!”; e até “!Usted pode, por sacar las fotos, quedarse en cárceres por treinta e seis horas!”. 


Senti que o clima esquentou demais e comecei a tentar realmente me livrar do cara. Apagamos as fotos na frente dele e falamos que queríamos partir, porque aquela discussão não estava resolvendo nada. Ele sentiu o momento propício e também acalmou-se: “Sé que ustedes están cansados...”. Baboseira. Pediu então pra Du se afastar, porque queria levar um “íntimo” comigo. 


-“Usted sabe como san las cosas, entonces me voy directo ao asunto: ¿quanto tienes de plata con usted?”

Ainda estava disposto a não dar nada em dinheiro pro canalha, então mandei na lata:

-“¿Plata? ¡Nada!

-¿Cómo nada? Como usted pretende pagar las cotas de carretera?

-Solamente tengo tarjeta de crédito.

-Pero esta carretera no se puede pagar con tarjeta.

-Entonces tereemos que seguir por la libre.

-Mira… Yo estoy con el chef de departamento… No se puede resolver así…"


Ah! O cara tava com o chefe da quadrilha e não podia perder essa batalha! Patético! Vi que teria que dar algo, mas não seria em dinheiro. Lembrei das camisas e falei: 

-“Yo tengo unas camisas de la selección de Brasil de futbol...

-¡No se puede! Yo estoy con el chef…

-Pero no tengo pesos…”

Saí de perto e fui ao carro pegar uma água. Fiquei com a Du, já um pouco mais calmo. Sabia que estávamos quase lá. Ele me chamou: 

-“Mira… ¿No tienes dólares?  

-No.

-¿Nada?¿E la plata do país de usted? ¿Cuanto vale?

-Vale dos dólares, pero no tengo ninguna...

-¿Cómo usted viaja así?!

-¿Mira aquella tienda [apontei para a barraca no teto do carro]? ¡Nosotros dormimos en la carretera! ¡Dormimos en parqueaderos, en gasolineras! ¡Es una viaje muy dura!"


Voltei pro carro. Fiquei particularmente feliz por poder contar essa mentira pro cara. Senti uma certa revanche porque ele realmente acreditou nisso 


Ele me chamou de novo: 

-"Estas camisas… 

-¿Sí?

-¿Poden ser dos? 


Excelente! Os pilantras aceitaram! Inclusive o porcalhão do chefe. Saímos dessa com duas camisas de quinze reais da Rua Uruguaiana. Partimos bem rápido e seguimos o caminho indicado para a estrada. Pouco depois tivemos a oportunidade de ir pela rodovia com pedágio. Não tivemos dúvidas! E fiquei novamente feliz, por poder usar os pesos negados ao policial pra pagar o pedágio. 


Seguimos bem e rápido até a fronteira. A saída do México foi tranqüila, assim como a entrada nos EUA. Tínhamos receio do tempo que poderíamos perder caso eles quisessem revistar o Pezão: tirar e recolocar todas as coisas demora um bocado. Mas eles praticamente nem olharam o carro. Também não precisamos de nenhum documento para entrar com o carro no país, o que reduziu muito o tempo necessário. Paramos em um restaurante na primeira cidade depois da fronteira, bem a tempo de ver o jogo do Brasil. 


A passagem pelo México foi bem agradável, apesar dos policiais. Fizemos uma viagem mais rápida do que gostaríamos. Novas visitas ficarão para uma outra oportunidade. 


Chegamos, depois de cinco meses, a um país desenvolvido. Estávamos felizes por ter passado pelos países mais pobres sem nenhum acidente ou violência. Seria bom curtir um pouco de civilização por um tempo, nos EUA e na Europa -nosso próximo destino - até retornarmos ao terceiro mundo na África. A conclusão do continente americano estava bem próxima! O rumo era Leste, e o destino, novamente um litoral do Atlântico. Só que, dessa vez, iríamos atravessá-lo!